terça-feira, 18 de março de 2008

EROSÃO

O solo é a camada superficial de terra arável possuidora de vida microbiana. Surgem com a alteração das rochas, chamado de intemperismo, isto é, fenômenos físicos, químicos e biológicos que agem sobre a rocha e conduzem à formação de partículas não consolidadas.
Todo este processo leva muito tempo para ocorrer. Calcula-se que cada centímetro do solo se forma num intervalo de tempo de 100 a 400 anos. Os solos usados na agricultura demoram entre 3000 a 12000 anos para tornarem-se produtivos.
Pode-se dizer que de todos os recursos naturais existentes no planeta, o solo é um dos mais instáveis quando modificado, ou seja, quando sua camada protetora é retirada provoca-se a erosão.
O termo erosão implica para o geólogo e para o geógrafo, na realização de um conjuntos de ações ( calor, frio,vento e chuva) que modelam uma paisagem. Assim estas ações conhecidas como agentes externos do relevo, comandadas pela energia do sol, que se manifestam por meio dos fenômenos atmosféricos, rebaixam e transportam materiais das partes mais altas para as mais baixas, criando superfícies de sedimentação e modelando formas.
A erosão é um processo que atinge tanto áreas com vegetação natural quanto terras agrícolas, sendo um dos principais problemas ambientais da atualidade. No mundo, a erosão acelerada por água e vento é responsável por 56% e 28% respectivamente da degradação dos solos.
A atmosfera, com suas variações de temperatura, e a água da chuva desagregam rochas da superfície terrestre. Esses materiais soltos são transportados pelo vento, rios e chuvas e depositados nas partes mais baixas do relevo, onde vão se sedimentando.
Pode-se, distinguir vários tipos de erosão: Erosão eólica, fluvial erosão, glaciária, marinha, pluvial, acelerada entre outras.
Cabe destacar a erosão acelerada realizada na superfície terrestre pela intervenção humana e seres vivos, em geral, ocasionando um desequilíbrio. É o aceleramento da erosão nas camadas superficiais do solo motivados por: o desmatamento, a construção de favelas em encostas que, além de desmatar, tem a erosão acelerada devido à declividade do terreno, as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desmatamentos extensivos para dar lugar a áreas plantadas, a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem com seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.
A erosão também, leva perdas de nutrientes e matéria orgânica, alterações na textura, estrutura e quedas nas taxas de infiltração e retenção de água, reduz a produtividade, colabora com o assoreamento são alguns dos efeitos da erosão.

(...) a partir do conhecimento mais detalhado sobre as ravinas, de como e quando se formam, e como evoluem nas encostas, pode-se tentar evitá-las, adotando técnicas e estratégias de conservação dos solos, com o objetivo mais amplo de um desenvolvimento sustentável nas áreas agropastoris brasileiras.O conhecimento mais aprofundado do processo de desenvolvimento das ravinas também pode se conseguido, à medida que modelos sejam criados, com o objetivo de prever onde e quando essas formas erosivas poderão se estabelecer e, com isso, evitar que esse tipo de erosão surja em determinada encosta.(Guerra, A. J.T. p50, 1999)

Assim, o solo representa não somente um agregado de matérias orgânicas e minerais, mas um conjunto de fenômenos naturais organizados que proporcionam um equilíbrio dinâmico essencial para sustentação da vida. O qual está ameaçado, sendo, portanto, necessário recuperá-lo.

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