terça-feira, 27 de maio de 2008
sábado, 3 de maio de 2008
CURVA DE NÍVEL
A representação das altitudes sempre foi um desafio para a cartografia. Por muitos séculos os mapas não conseguiam passar de forma clara essa informação ou então tentavam sua representação meramente figurativa, sem nenhum embasamento científico que permitisse a interpretação correta das formas de relevo. Elemento essencialmente formado de superfícies irregulares e contínuas, dificilmente pode ser representado nos mapas mostrando seu volume real e o efeito tridimensional provocado pela variável altitude. Esta por sua vez, somente no século passado começou a ter um tratamento mais adequado. Das várias tentativas feitas, nenhum dos métodos foi mais eficiente do que as de curvas de nível (também conhecidas por isoípsas- mesma altitude) sendo utilizado até hoje.
A curva de nível são linhas projetadas verticalmente sobre a carta, resultantes da intersecção de planos horizontais que cortam o relevo terrestre, a partir da superfície de referência (nível zero) em altitudes eqüidistantes. Ou seja, ela permite representar num plano, com eqüidistâncias determinadas, as secções de uma elevação. As curvas de níveis são linhas de igual altitude, e estão acima do nível do mar, medidas em metros. Essas linhas são paralelas entre si, e com diferença regular, isto é, eqüidistante. Veja a figura 1:
Fonte:IBGEhttp://www.geografia.fflch.usp.br/carta/elementos/curva_nivel.htm
A representação das altitudes sempre foi um desafio para a cartografia. Por muitos séculos os mapas não conseguiam passar de forma clara essa informação ou então tentavam sua representação meramente figurativa, sem nenhum embasamento científico que permitisse a interpretação correta das formas de relevo. Elemento essencialmente formado de superfícies irregulares e contínuas, dificilmente pode ser representado nos mapas mostrando seu volume real e o efeito tridimensional provocado pela variável altitude. Esta por sua vez, somente no século passado começou a ter um tratamento mais adequado. Das várias tentativas feitas, nenhum dos métodos foi mais eficiente do que as de curvas de nível (também conhecidas por isoípsas- mesma altitude) sendo utilizado até hoje.
A curva de nível são linhas projetadas verticalmente sobre a carta, resultantes da intersecção de planos horizontais que cortam o relevo terrestre, a partir da superfície de referência (nível zero) em altitudes eqüidistantes. Ou seja, ela permite representar num plano, com eqüidistâncias determinadas, as secções de uma elevação. As curvas de níveis são linhas de igual altitude, e estão acima do nível do mar, medidas em metros. Essas linhas são paralelas entre si, e com diferença regular, isto é, eqüidistante. Veja a figura 1:
As curvas de nível permitem uma representação cartográfica do modelado do relevo (3 dimensões) o que atende a várias finalidades além daquela que é a primordial (visualização das formas do terreno), entre outras: cálculo de volumes de terra; traçado de estradas por declives selecionados; cálculo de zonas ou faixas de visibilidade (militar, telecomunicações...). E também fornece ao usuário, em qualquer parte da carta, um valor aproximado da altitude que ele precisa.
É importante destacar que todos os pontos de uma curva de nível têm a mesma elevação acima do nível do mar. Sendo também que as curvas de nível nunca se bifurcam, ou cruzam entre si. E Mede-se a equidistância das curvas de nível verticalmente e nunca na direção horizontal
A equidistância das curvas de nível varia desde alguns metros em mapas de grandes escala e de regiões relativamente planas, até várias centenas ou milhares de metros em mapas de pequena escala e de regiões montanhosas.
A adoção da eqüidistância é fator fundamental na definição de um sistema de curva de nível, e o seu valor, em metros, depende essencialmente da escala da carta. É fácil deduzir que quanto maior for a escala da carta menor será a eqüidistância (mais detalhes) e quanto menor for a escala da carta maior será a eqüidistância ( menos detalhes)
Dependendo da escala do mapa é possível reconhecer e medir com bastante precisão as variações de altitude do relevo, bem como a inclinação das suas vertentes (declividade). A proximidade maior ou menor dos intervalos entre as curvas de nível indica a maior ou menor declividade do terreno.
Valores e variações de curvas de nível
Geralmente, cada quinta curva de nível a partir da de valor zero é indicada por uma linha mais grossa que o usual. Esta linha é denominada "curva de nível mestra" ou índice" e tem um valor que é múltiplo de cem.
As curvas de nível situadas entre as curvas de nível índice são chamadas "curvas de nível intermediárias. Há ainda as curvas auxiliares.
As curvas de nível índice ajudam na leitura das elevações, proporcionando maior rapidez na identificação do valor da curva e geralmente são fornecidos os valores das elevações da mesma. São escritos "dentro" (ao lado da curva) da linha, em contraste com os valores dos pontos específicos com suas cotas escritas horizontalmente (Leste -Oeste) ao lado do "X" do ponto. Por convenção, quase sempre se escreve o valor da curva em tal posição para que o leitor fique vendo para cima da colina quando ler a cota.
Quando há áreas de depressão, as curvas são denominadas curvas de depressão, delimitam uma área de altitude mais baixa do que o a área vizinha e contêm setas que partem destas curvas para direção a inferior.
Enfim a utilização deste método de curva de nível é muito eficiente para a cartografia, pois consegue mostrar precisamente a topografia (altitudes e relevo)
COMO ENSINAR CURVA DE NÍVEL
Constata-se pelo texto acima, que a o método de curva de nível é muito abstrato. Como ensinar este conceito aos alunos? Pois existem muitas dificuldades no que se refere à interpretação de mapas, sendo que a maioria dos livros didáticos oferece uma Cartografia com conceitos prontos e abstratos.
Assim uma das propostas metodológica para o ensino de curva de nível é a construção de maquete. Pois a maquete pode contribuir para a representação tridimensional do relevo, permitindo a visualização das formas topográficas que são identificadas nas bases da maquete pela distribuição das curvas de nível.
Conforme, SIMIELLI, GIRARDI, BROMBERG, MORONE, RAIMUNDO (1999 p.30)... “A maquete aparece então como um processo de restituição do “concreto (relevo) a partir de uma abstração (curva de nível), centrando-se aí sua real utilidade, complementada com diversos usos a partir deste modelo concreto trabalhado pelos alunos.”
A maquete contribuíra para a visualização tridimensional do relevo, ajudando a formar várias noções cartográficas (posição,distância,orientação,concentração entre outros). Permitindo re(construção) do conteúdo cartográfico devidamente estudado e interpretado, isto é, ao construir uma maquete o aluno também construa novos conhecimento.
E de acordo com ARCHELA( 1998, p.76 ) “ Não podemos considerar as representações do relevo apenas como um fim didático, que encerre em si informações, mas um meio didático através do qual os elementos da realidade devem ser trabalhados em conjunto”. Pois ao trabalhar uma maquete de curva de nível dá para explorar outros conceitos como de bacia hidrográfica, divisores de água.
Cabe destacar que a maquete de curva de nível, por exemplo, representada tridimensionalmente, permite entender a curva de nível – representada bidimensionalmente no mapa. Em outras palavras a construção de modelos tridimensionais propicia o desenvolvimento da percepção e diferenciação de escala horizontal e escala vertical.
"É neste contexto que a maquete se torna um importante recurso de apoio didático pedagógico. Ao trabalhar com as informações em relevo, permitindo a visão tridimensional do espaço, ela aproxima o abstrato do real e ao mesmo tempo, possibilita a construção dos conceitos necessários para o entendimento da representação bidimensional– o mapa -, na medida em que o professor - mediador do processo de ensino-aprendizagem – realiza a construção da maquete, a partir do mapa, e do mapa, a partir da maquete". GOMES ( 2005,p.209)
Portanto, para que o aluno entenda o que é curva de nível e qual sua utilidade é importante que construa este material concreto para abstrair o conceito e desenvolva noções essenciais da cartografia.
É importante destacar que todos os pontos de uma curva de nível têm a mesma elevação acima do nível do mar. Sendo também que as curvas de nível nunca se bifurcam, ou cruzam entre si. E Mede-se a equidistância das curvas de nível verticalmente e nunca na direção horizontal
A equidistância das curvas de nível varia desde alguns metros em mapas de grandes escala e de regiões relativamente planas, até várias centenas ou milhares de metros em mapas de pequena escala e de regiões montanhosas.
A adoção da eqüidistância é fator fundamental na definição de um sistema de curva de nível, e o seu valor, em metros, depende essencialmente da escala da carta. É fácil deduzir que quanto maior for a escala da carta menor será a eqüidistância (mais detalhes) e quanto menor for a escala da carta maior será a eqüidistância ( menos detalhes)
Dependendo da escala do mapa é possível reconhecer e medir com bastante precisão as variações de altitude do relevo, bem como a inclinação das suas vertentes (declividade). A proximidade maior ou menor dos intervalos entre as curvas de nível indica a maior ou menor declividade do terreno.
Valores e variações de curvas de nível
Geralmente, cada quinta curva de nível a partir da de valor zero é indicada por uma linha mais grossa que o usual. Esta linha é denominada "curva de nível mestra" ou índice" e tem um valor que é múltiplo de cem.
As curvas de nível situadas entre as curvas de nível índice são chamadas "curvas de nível intermediárias. Há ainda as curvas auxiliares.
As curvas de nível índice ajudam na leitura das elevações, proporcionando maior rapidez na identificação do valor da curva e geralmente são fornecidos os valores das elevações da mesma. São escritos "dentro" (ao lado da curva) da linha, em contraste com os valores dos pontos específicos com suas cotas escritas horizontalmente (Leste -Oeste) ao lado do "X" do ponto. Por convenção, quase sempre se escreve o valor da curva em tal posição para que o leitor fique vendo para cima da colina quando ler a cota.
Quando há áreas de depressão, as curvas são denominadas curvas de depressão, delimitam uma área de altitude mais baixa do que o a área vizinha e contêm setas que partem destas curvas para direção a inferior.
Enfim a utilização deste método de curva de nível é muito eficiente para a cartografia, pois consegue mostrar precisamente a topografia (altitudes e relevo)
COMO ENSINAR CURVA DE NÍVEL
Constata-se pelo texto acima, que a o método de curva de nível é muito abstrato. Como ensinar este conceito aos alunos? Pois existem muitas dificuldades no que se refere à interpretação de mapas, sendo que a maioria dos livros didáticos oferece uma Cartografia com conceitos prontos e abstratos.
Assim uma das propostas metodológica para o ensino de curva de nível é a construção de maquete. Pois a maquete pode contribuir para a representação tridimensional do relevo, permitindo a visualização das formas topográficas que são identificadas nas bases da maquete pela distribuição das curvas de nível.
Conforme, SIMIELLI, GIRARDI, BROMBERG, MORONE, RAIMUNDO (1999 p.30)... “A maquete aparece então como um processo de restituição do “concreto (relevo) a partir de uma abstração (curva de nível), centrando-se aí sua real utilidade, complementada com diversos usos a partir deste modelo concreto trabalhado pelos alunos.”
A maquete contribuíra para a visualização tridimensional do relevo, ajudando a formar várias noções cartográficas (posição,distância,orientação,concentração entre outros). Permitindo re(construção) do conteúdo cartográfico devidamente estudado e interpretado, isto é, ao construir uma maquete o aluno também construa novos conhecimento.
E de acordo com ARCHELA( 1998, p.76 ) “ Não podemos considerar as representações do relevo apenas como um fim didático, que encerre em si informações, mas um meio didático através do qual os elementos da realidade devem ser trabalhados em conjunto”. Pois ao trabalhar uma maquete de curva de nível dá para explorar outros conceitos como de bacia hidrográfica, divisores de água.
Cabe destacar que a maquete de curva de nível, por exemplo, representada tridimensionalmente, permite entender a curva de nível – representada bidimensionalmente no mapa. Em outras palavras a construção de modelos tridimensionais propicia o desenvolvimento da percepção e diferenciação de escala horizontal e escala vertical.
"É neste contexto que a maquete se torna um importante recurso de apoio didático pedagógico. Ao trabalhar com as informações em relevo, permitindo a visão tridimensional do espaço, ela aproxima o abstrato do real e ao mesmo tempo, possibilita a construção dos conceitos necessários para o entendimento da representação bidimensional– o mapa -, na medida em que o professor - mediador do processo de ensino-aprendizagem – realiza a construção da maquete, a partir do mapa, e do mapa, a partir da maquete". GOMES ( 2005,p.209)
Portanto, para que o aluno entenda o que é curva de nível e qual sua utilidade é importante que construa este material concreto para abstrair o conceito e desenvolva noções essenciais da cartografia.
Referências
ALMEIDA, R. D. de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escala. SãoPaulo: Contexto, 2001
ARCHELA, S, Rosely. Construindo Representações de Relevo. Metodologia de Ensino. Londrina: Eduel, 1998.p.67-79
ARCHELA, Rosely Sampaio. A cartografia no pensamento geográfico. Projeto: Bibliografia da Cartografia: bibliografias comentadas, 2002. Disponível em: <http://br.geocities.com/cartografiatematica/textos/Pensamen.html>. Acesso em 25 de out. 2007
BOCHICHO,V.R,.Manual de cartografia. In Atlas Atual: Geografia Atual, São Paulo, 1993
GOMES, M. de F. V. B. GEOGRAFIA Revista do Departamento de Geociências v. 14, n. 1, jan./jun. 2005. acesso 10 agos.2007
GUERRA, A. T. Dicionário Geológico – geomorfológico. 7ª ed. Rio de Janeiro: IBGE. 1987
SIMIELLI, Maria Elena R. GIRARDI, Giseli, BROMBERG. Patrícia et.al. Do plano ao tridimensional: a maquete como recurso didático. Boletim Paulista de Geografia, n.70. p. 5-30, 1991
Estas atividades foram desenvolvidas na disciplina: Aspectos metodológicos na aprendizagem dos saberes geográficos, na Turma do PDE, na Universidade Estadual de Londrina- 2007. Ministradas, pelas professoras Doutoras Eloíza Cristiane Torres e Rosely Sampaio Archela. E O roteiro das atividades foi orientado pela Doutora Eloíza Cristiane Torres
ARCHELA, S, Rosely. Construindo Representações de Relevo. Metodologia de Ensino. Londrina: Eduel, 1998.p.67-79
ARCHELA, Rosely Sampaio. A cartografia no pensamento geográfico. Projeto: Bibliografia da Cartografia: bibliografias comentadas, 2002. Disponível em: <http://br.geocities.com/cartografiatematica/textos/Pensamen.html>. Acesso em 25 de out. 2007
BOCHICHO,V.R,.Manual de cartografia. In Atlas Atual: Geografia Atual, São Paulo, 1993
GOMES, M. de F. V. B. GEOGRAFIA Revista do Departamento de Geociências v. 14, n. 1, jan./jun. 2005.
GUERRA, A. T. Dicionário Geológico – geomorfológico. 7ª ed. Rio de Janeiro: IBGE. 1987
SIMIELLI, Maria Elena R. GIRARDI, Giseli, BROMBERG. Patrícia et.al. Do plano ao tridimensional: a maquete como recurso didático. Boletim Paulista de Geografia, n.70. p. 5-30, 1991
Estas atividades foram desenvolvidas na disciplina: Aspectos metodológicos na aprendizagem dos saberes geográficos, na Turma do PDE, na Universidade Estadual de Londrina- 2007. Ministradas, pelas professoras Doutoras Eloíza Cristiane Torres e Rosely Sampaio Archela. E O roteiro das atividades foi orientado pela Doutora Eloíza Cristiane Torres
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